De acordo com o Índice da Liberdade Económica 2017, da Heritage Foundation, Portugal está agora classificado entre o grupo das economias “moderadamente livres” com 62,6 pontos, menos 2,5 pontos que em 2016, ano no qual ocupava a 64.ª posição entre 178 países.
Portugal está assim à frente da Namíbia e atrás da República Dominicana num índice mundial que é liderado por Hong Kong com 89,6 pontos. Seguem-se Singapura, a Nova Zelândia, a Suíça e a Austrália.
“Apesar da solidez institucional, de um enquadramento empresarial eficiente e de um sistema legal independente, um setor público ineficiente e endividado desgastou o dinamismo do setor privado e reduziu a competitividade global da economia”, lê-se no relatório publicado no site da fundação norte-americana.
“As reformas anteriores, que ajudaram a modificar e diversificar a base produtiva da economia, perderam impulso", acrescenta a Heritage Foudation, considerando que "Portugal continua a enfrentar desafios que exigem um ajuste urgente da política económica”.
Para a instituição, as reformas devem ter como prioridade a “redução dos défices orçamentais que elevaram o nível da dívida pública” – está em 130% do PIB – e o “aumento da flexibilidade do mercado de trabalho”. A fundação lembra ainda que o “sistema bancário continua fraco".
A instituição com sede em Washington e que publica este índice desde 1955 em parceria com o “Wall Street Journal” distribui os países por "livres" (80 a 100 pontos), "quase livres" (70 a 79,9), "moderadamente livres" (60 a 69), "maioritariamente não livres" (50 a 59,9) e "reprimidos" (40 a 49,9).
As economias são classificadas em função de dez variáveis englobadas em quatro grupos: Estado de Direito; dimensão do Governo; eficiência na regulação e criação de novos negócios.