A petição “contra a poluição do rio Tejo e seus afluentes”, que começou a circular recentemente, já foi subscrita por mais de cinco mil pessoas – bastavam quatro mil para que fosse discutida no Parlamento.
“Nunca o rio Tejo e seus afluentes registaram tão elevado grau de poluição, de abandono e falta de respeito, por parte de uma minoria que tudo destrói, perante a complacência das autoridades”, lê-se no documento. Entre outras reivindicações, os subscritores pedem ao Governo que “atue junto das instituições europeias” para que seja cumprida a “Diretiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado ecológico das águas do Tejo” e para que seja tomada uma “ação rigorosa e consequente da fiscalização ambiental contra a poluição, crescente e contínua, que cada vez mais devasta o rio Tejo e os seus afluentes”, entre outros pedidos.
Não são apenas os cidadãos que estão preocupados com o aumento da poluição no rio. Na terça-feira, o PAN endereçou perguntas ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, sobre esta questão. O deputado André Silva questionou o ministro sobre os locais onde foram recolhidas amostras no Tejo durante este mês. Para além disso, o PAN quer saber quantas ações de monitorização da qualidade da água já foram efetuadas este ano e se estas ações se realizaram antes das denúncias públicas. O partido quer ainda saber quais as medidas preventivas que o Ministério vai adotar.
O documento endereçado pelo PAN começa com uma declaração: “Nos recentes dias mais uma vez tornada pública através de um vídeo amador a poluição que assola o Rio Tejo, nas zonas do açude de Abrantes e na foz do rio Zêzere, em Constância, no Ribatejo”. Foram estas imagens – que se tornaram virais nas redes sociais – que contribuíram para a divulgação do problema.
Para 4 de março está marcada uma manifestação – convocada por organizações ambientas em conjunto com a sociedade civil – junto ao Cais de Vila Velha de Rodão contra "a passividade do Governo” sobre esta matéria. O PAN já revelou que vai apoiar o protesto.