O presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional, em declarações à RTP, revela que os três indivíduos que conseguiram fugir da prisão de Caxias fizeram-no depois de passarem por torres de vigília desativadas e, por isso, sem vigilância.
Júlio Rebelo refere que a prisão de Caxias tem um “défice de guardas muito acentuado”, sendo por isso obrigada a trabalhar com um “contingente muito reduzido”.
Já no final do ano passado acontecerem duas tentativas de fuga, exatamente pelo mesmo local. “Pelos vistos não corrigiram as falhas”, contacta o presidente do sindicato.
Dados divulgados pela Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais após esta fuga indicam que no ano passado ocorreram cinco operações de fuga em todo o país que envolveram seis reclusos e que em 2015 fugiram dois presos das cadeias portuguesas. Em 2014 evadiram-se 11 reclusos, em 2013 registaram-se sete evasões num total de nove evadidos e em 2012 verificaram-se 14 evasões com 23 reclusos.
A direção-geral sublinha que todos os reclusos evadidos nos últimos cinco anos, à exceção dos desta madrugada em Caxias, foram recapturados.