O antigo chefe do executivo de Itália, Matteo Renzi, aproveitou a realização do congresso extraordinário do Partido Democrático (PD), este fim de semana, para apresentar a sua demissão e abandonar o cargo de secretário-geral do partido.
O abandono foi formalizado hoje e justificado pelo ex-primeiro-ministro como forma de acabar com os rumores que apontavam à existência de uma “cisão”, liderada por uma minoria dentro do PD.
Na sua intervenção no congresso, Renzi não referiu qualquer nomes, mas acusou de “chantagistas” aqueles que criticaram a gestão do processo que levou ao seu abandono do cargo de líder do governo, em dezembro do ano passado, após derrota em referendo.
“A palavra ‘cisão’ é uma das mais feias, mas a palavra ‘chantagem’ é ainda pior”, referiu, citado pelo jornal espanhol “El País”. “A palavra que proponho é respeito. Temos de olhar para dentro (…) [e] olharmo-nos nos olhos. Há muito para fazer, basta de discussões”, acrescentou.