"Acima de tudo é esperado um poderoso ímpeto da atividade industrial”, escreve o Bundesbank, citado pela agência AFP. O relatório mensal da instituição assinala que o aumento das encomendas à indústria em dezembro aponta para mais exportações.
Mas ao mesmo tempo que salienta a necessidade das empresas investirem em mais equipamento de produção para responderem à procura.
O Bundesbak diz que “se destacam as construtoras automóveis” com as principais indústrias a receberem “consideravelmente mais” encomendas domésticas e dos países europeu.
Ao mesmo tempo existe um sentimento positivo entre os consumidores, um recorde de emprego desde a reunificação alemã em 1990 e salários mais elevados. O banco central considera que o consumo vai continuar a alavancar a maior economia da Europa.
Ainda assim o Bundesbank lembra que os inquéritos aos negócios revelam perspetivas menos entusiastas para os próximos meses e que a subida da inflação na zona euro poderá reduzir o poder de compra dos consumidores.
No ano passado a economia alemã cresceu 1,9%, o melhor registo desde 2011.
A Alemanha, exportadora por excelência – em 2016 teve um excedente comercial de 253 mil milhões de euros -, tem muito a perder se a retórica protecionista do presidente dos EUA Donald Trump se tornar política.
"Não é claro se as expetativas de negócios mais cautelosas refletem preocupações crescentes e incerteza em relação a possíveis restrições do comércio mundial”, lê-se ainda no relatório.