Um dos chilenos que fugiu do Estabelecimento Prisional de Caxias, na madrugada de sábado para domingo, foi libertado pelas autoridades espanholas sete horas depois de estas terem recebido o alerta de Portugal.
Os dois fugitivos de nacionalidade chilena foram intercetados no aeroporto de Barajas, em Madrid, no domingo à noite, pelo Serviço de Coordenação do Comissário do Aeroporto, que enviou de seguida um e-mail para o Corpo Nacional de Polícia espanhola, refere esta terça-feira o Jornal de Notícias (JN).
De acordo com a mês publicação, o e-mail explicava que Jorge Naranjo tinha sido “detido pelas autoridades espanholas por infração à lei de estrangeiros e por usurpação de identidade (uso de passaporte falso (…) Relativamente a Roberto Ulloa, o mesmo foi detido por infração à lei de estrangeiros, tendo sido restituído à liberdade pelas 18h00 (hora portuguesa) por não haver local de alojamento para o mesmo permanecer detido”.
Ontem, o Ministério da Administração Interna e da Justiça emitiram um comunicado em conjunto que garantia que “assim que foi identificada a fuga dos três reclusos, as autoridades portuguesas trocaram a informação necessária não só entre si, mas também no âmbito dos mecanismos de cooperação policial internacional, tendo ainda sido desenvolvidas ações, que continuam em curso, no âmbito da cooperação judicial internacional”. No entanto, segundo o JN, o alerta de Portugal só chegou a Espanha por volta do meio-dia de domingo – suspeita-se que os reclusos tenham fugido do estabelecimento prisional entre as 22h30 de sábado e as 01h00 de domingo.
O JN avança, assim, que existe a probabilidade de as autoridades não terem cruzado a identidade de Ulloa – que, segundo a polícia espanhola, nem sequer terá usado documentos falsos para circular em Espanha – com o alerta dado por Portugal.
Recorde-se que os dois chilenos fugiram da prisão de Caxias acompanhados por um luso israelita, Joaquim Matos, que continuam a monte.