Um antigo preso de Guantánamo, que recebeu quase de um milhão de euros do governo britânico por ter sido torturado, juntou-se ao Daesh e fez-se explodir durante um ataque suicida na cidade de Mossul, no Iraque.
Abu Zakariya al-Britani, um cidadão britânico conhecido como Ronald Fiddler e depois como Jamal Udeen al-Harith, detonou o carro bomba em que seguia perto de uma base militar das forças iraquianas.
Os militantes do grupo terrorista publicaram uma fotografia do ex-prisioneiro, onde este aparece a sorrir, momentos antes da explosão. Al-Harith foi preso pelas forças norte americanas no Afeganistão e foi enviado para Guantánamo em 2002.
O Governo britânico fez, na altura, uma campanha contra a detenção de britânicos em Guantánamo e as pressões do mesmo permitiram que o antigo preso fosse libertado dois anos mais tarde.
Abu Zakariya al-Britani pediu uma indemnização pelas torturas de que foi alvo na prisão, com a alegada cumplicidade de agentes britânicos. Este acabou por fugir do Reino Unido, em 2014, para combater nas fileiras do Daesh, na Síria e no Iraque.