Sexta-feira
Brad Mehldau no CCB
Mestre da reinvenção, dele se podem esperar canções rock em fuga para o jazz ou standards refeitos em linguagem de Bach. Brad Mehldau é um dos pianistas jazz mais progressistas e consensuais das últimas duas décadas. No regresso a Portugal retoma o formato trio com Jeff Ballard e Larry Grenadier. Hoje no Centro Cultural de Belém (21h00) e amanhã na Casa da Música (21h30). O preço dos bilhetes varia entre 22 e 42 euros para Lisboa. O concerto do Porto já se encontra esgotado.
Osso Vaidoso no Titanic Sur Mer
Ana Deus e Alexandre Soares foram os Três Tristes Tigres nos anos 90. Vinte anos depois, o osso continua duro de roer, isto é, a poesia continua a embalar canções descarnadas ao tutano de voz e palavra. A dupla volta a Lisboa para apresentar “Miopia”, o segundo álbum, editado no final do ano passado, que dá música a poemas de autores dos séculos XVI e XVII como Sá de Miranda e Nicolau Tolentino, do século passado como Rainer Maria Rilke ou Jorge Luis Borges e a contemporâneos como Alberto Pimenta e Gastão Cruz. O concerto começa às 21h30 e o preço da entrada é de 5 euros. Para 17 de março está marcada uma breve ressurreição dos Três Tristes Tigres no Rivoli portuense, onde recuperarão “Guia Espiritual” de 1996.
Sábado
Há Fado no Cais>Cristina branco>CCB
Há muito que Cristina Branco deixou cair o muro entre fado e música popular portuguesa. Para “Meninas”, álbum do ano passado que a leva agora ao Centro Cultural de Belém, a galeria de cúmplices reluz: Filho da Mãe, André Henriques (Linda Martini), Cachupa Psicadélica, Mário Laginha, Kalaf, Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins e Luís Martins (Deolinda); Peixe e Nuno Prata (Ornatos Violeta), Jorge Cruz, Luís Severo e António Lobo Antunes. Músicos, letristas e autores decisivos para pincelar várias formas de interpretar a feminilidade. Bilhetes entre 5 e 20 euros.
Carnaval Makossa no Fontória
Antes de serem DJ, os Irmãos Makossa são pesquisadores do arquivo de música africana dos anos 70. Da música de Cabo Verde ao afro beat de Fela Kuti, a Manu Dibango, a riqueza de um tesouro redescoberto pelo Ocidente quando perdeu a vergonha das suas ex-colónias é explorada à exaustão por uma dupla em ascensão no circuito noturno lisboeta que faz por matar calorias como num ginásio ou numa corrida cronometrada pelo telemóvel. Amanhã, os Irmãos Makossa antecipam o Carnaval no Fontória a partir das 0h00 numa festa batizada como Carnaval Makossa.
Domingo
Mão Verde no Teatro José Lúcio da SILVA
O projeto de música não infantil para crianças com lengalengas de Capicua e música de Pedro Geraldes (Linda Martini) em torno das plantas, da agricultura, da alimentação, dos cheiros das ervas aromáticas, da cor das flores e com uma clara motivação ecologista é apresentado no teatro leiriense pelas 16h00. “Mão Verde” nasce de uma encomenda do São Luiz e é a tradução de uma expressão francesa que significa ter jeito para as plantas e talento para a jardinagem.
Mudar de Vida>Apresentação>FNAC STA. Catarina
“Mudar de Vida”, o documentário sobre José Mário Branco, é motivo de conversa com os realizadores Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo na FNAC de Santa Catarina, no Porto, pelas 16h30. A seguir às apresentações dos autores, a projeção está marcada para as 17h. Tal como o título sugere, a obra é um retrato da vida e do percurso pessoal e musical de José Mário Branco. O filme está dividido em duas partes: a primeira, mais biográfica, contextualiza a situação política de Portugal antes e depois do 25 de Abril de 1974, destacando o ativismo político que obrigou o artista ao exílio; a segunda mostra a importância dos seus ideais revolucionários ao serviço da arte.
