A derrota europeia do FC Porto com a Juventus acabou por ter um lado positivo. Pelo menos a julgar pelas palavras de Nuno Espírito Santo: o técnico dos dragões acredita que a forma como a partida se desenrolou acabará por favorecer a equipa para o futuro.
"Naturalmente que o jogo da Liga dos Campeões, da maneira como se desenrolou, provocou cansaço. Jogámos em inferioridade numérica durante bastante tempo, mas ao mesmo tempo esse jogo reforçou o que faz parte do carácter da equipa: a solidariedade, a união que a equipa demonstrou durante todo o jogo, a maneira como os jogadores trabalharam. Isso faz-nos estar confiantes", começou por destacar, na antevisão ao encontro deste domingo com o Boavista.
O dérbi da Invicta é um jogo historicamente complicado para o FC Porto, mas Nuno está confiante: "É o dérbi da cidade, uma rivalidade antiga, histórica, e um jogo muito importante para nós e para os nossos adeptos. Perspetivamos um jogo difícil, mas queremos conquistar os três pontos diante dos nossos adeptos. Conhecemos bem o Boavista; é um adversário que tem melhorado e tem feito boas prestações. Há três jogos que não perdem e em sua casa são fortes. Têm bons jogadores: o Iuri Medeiros, o Fábio Espinho, o Renato Santos… Além disso, mostram uma boa ideia de jogo do seu treinador Miguel Leal. No entanto, o que projetamos sobretudo é o nosso jogo, o que queremos fazer: controlar, dominar e vencer o jogo. Isso é fundamental para nós."
Para este encontro, Nuno não poderá contar com Herrera, que se lesionou diante da Juventus – a fotografia do seu pé esquerdo, onde teve de levar 17 pontos, tornou-se viral nas redes sociais -, mas também com o castigado Felipe, que será rendido por Boly. O francês soma apenas quatro aparições pelo dragão e já não atua para o campeonato desde 18 de setembro, mas tem a confiança do treinador. "Cada vez que decidimos a inclusão de outro jogador na equipa o rendimento tem sido ótimo e imediato. O Boly tem treinado muito bem, é um ótimo profissional e um jogador com imensa qualidade", salientou Nuno, abordando ainda a expulsão de Alex Telles: "Não só o Alex como todos nós ficámos tristes e sentidos com o que se passou. Não é fundamental pedir desculpas, mas crescer e aprender com o erro, como ele fez."