O Manchester United de José Mourinho tem este domingo a oportunidade de conquistar o segundo troféu da temporada. Depois da Supertaça, logo no primeiro jogo oficial da época (2-1 ao campeão Leicester), os Red Devils enfrentam agora o Southampton, de Cédric, para o jogo decisivo da Taça da Liga inglesa – competição fetiche de Mourinho. Foi essa a primeira prova conquistada em Inglaterra pelo autointitulado Special One: poucos meses depois de assumir o comando do Chelsea, Mourinho guiou os Blues à conquista da então denominada Carling Cup, batendo o Liverpool por 3-2 após prolongamento, numa final emocionante. Mourinho, de resto, viria a ganhar a competição mais duas vezes, ambas pelo Chelsea (2006/07 e 2014/15), procurando agora igualar o registo de Alex Ferguson e Brian Clough, os únicos a vencer a prova em quatro ocasiões.
A relação finais disputadas/ganhas por Mourinho na carreira é amplamente favorável ao treinador português. Das 23 finais que jogou, o técnico venceu 15, por entre FC Porto, Chelsea, Inter de Milão, Real Madrid e Manchester United. Se tirarmos as Supertaças desta equação (há quem não o considere um título, dada a particularidade de serem disputadas apenas num ou dois jogos), a estatística é ainda mais esmagadora: 12 vitórias em dez finais. E as únicas derrotas aconteceram no prolongamento: pelo FC Porto frente ao Benfica, na Taça de Portugal 2003/04, e com o Real Madrid perante o rival Atlético, na Taça do Rei 2012/13.
Os red devils chegam a esta final numa série de sete jogos sem perder – desde novembro, foram derrotados apenas uma vez, precisamente nesta competição, frente ao Hull de Marco Silva. “Algum dia vamos perder”, dizia Mourinho após a vitória de quarta-feira sobre o Saint-Étienne, na Liga Europa. Mas também foi ele, em 2005, a proferir a frase “As finais não são para se jogar, mas para se ganhar”. Portanto, venha de lá essa final.