Messi, por mais uma das incontáveis vezes. Foi ele quem resolveu um complicadíssimo clássico, no Vicente Calderón, que ainda vai estando aí para as curvas até final da época, derrotando o Atlético de Madrid (2-1) e mantendo o Barcelona ligado à corrente (alternada) da luta pelo título. As coisas continuam embrulhadas no topo da tabela. A certeza de que seria o Real Madrid a conquistar esta Liga de 2016/17 transmutou-se em diversas dúvidas. Até porque o Sevilha, que bateu o Bétis no dérbi da Andaluzia, também reclama o direito ao sonho. Repare-se que ainda faltam jogar, daqui até final da competição, uma série de jogos com a palavra “decisivo” pregada na lapela: Atlético Madrid-Sevilha (28.a jornada), Real Madrid-Atlético de Madrid (31.a), Real Madrid-Barcelona (33.a) e Real Madrid-Sevilha (37.a). Há muitos anos que não havia fase derradeira tão renhida no vizinho campeonato espanhol. Há que segui-lo com toda a atenção que merece.
Tremeu o Barça em Madrid, demonstrando que não se encontra em momento brilhante. O jogo foi aos repelões e com uma quantidade de passes mal medidos ou extraviados que não são vulgares em jogadores com tamanha craveira – de um lado e do outro. Equilíbrio notável, embora com maior pressão catalã no meio-campo adversário e, ao minuto 86, Messi, que pareceu nervoso – a tal ponto que viu um amarelo por discutir com o árbitro aos 82 minutos –, aproveitou um ressalto de um remate dele próprio para manter acesa a chama blau-grana, ao mesmo tempo que reduzia a mera luz de presença a chamazinha colchonera.
Complicado Foi difícil a vitória do Mónaco em Guingamp (2-1), embora com algumas belas exibições individuais na equipa de Leonardo Jardim – Kylian Mbappé parece querer demonstrar que pode vir a ser uma das grandes figuras do futebol do futuro. Mais tranquila a do Nantes de Sérgio Conceição, em casa, frente ao Dijon (3-1), deixando a linha de água a uns já muito interessantes seis pontos de distância.
Em Itália, a Juventus, adversária do FC Porto na Liga dos Campeões, continua a ditar as suas leis e despachou o Empoli (2-0) sem ser obrigada a horas extraordinárias. Bela Atalanta! Venceu em Nápoles (2-0), mesmo jogando 20 minutos reduzida a dez por expulsão de Kessié, e ficou a três pontos do seu adversário deste fim de semana, ali a cheirar gulosamente a zona Champions.