A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa avançou esta quinta-feira com a tomada de posse administrativa de habitações nas ilhas-barreira, no Algarve, e os trabalhadores tiveram de ser protegidos pela Polícia Marítima devido aos protestos dos moradores.
De acordo com o Jornal de Notícias, os manifestantes – cerca de 150 pessoas, incluindo moradores, amigos e defensores das habitações – têm impedido a passagem dos funcionários da Polis.
Os trabalhos começaram por volta das 8h30 e os ânimos exaltaram-se logo à chegada à primeira habitação, tendo os manifestantes bloqueado o acesso à construção. A Polícia Marítima viu-se obrigada a tentar abrir caminho.
Os manifestantes gritam-se palavras de ordem como"é uma vergonha" e "estão a tirar-nos a nossa vida", e seguem em cordão enquanto os técnicos procedem à identificação das casas.
O presidente da associação de moradores, José Lezinho, revelou que já avançaram com outras providências cautelares para impedir a tomada de posse. "Algumas destas casas têm mais de 100 anos. As pessoas sentem muito isto", disse, citado pelo Jornal de Notícias.
Em causa está o processo de renaturalização das ilhas-barreira, que implica a demolição de habitações naquelas zonas, o que tem sido contestado pelos residentes.
