Em 2016 saíram 2.077 trabalhadores dos cinco principais bancos, que representam cerca de 80% do sistema financeiro português. O número é quase o dobro dos de 2015, quando saíram 1133 funcionários CGD, BCP, Novo Banco (NB), BPI e Santander Totta.
Apesar de o NB ainda não ter revelado as contas deste ano, os dados indicam que, até setembro do ano passado, saíram desta instituição financeira 1062 pessoas.
Os trabalhadores saíram do banco que resultou da resolução do antigo Banco Espírito Santo através de reformas antecipadas, rescisões por mútuo acordo e despedimento colectivo. Esta última modalidade abrangeu perto de 40 pessoas, tendo a maior parte delas colocado ações em tribunal pedindo a impugnação.
No ano passado houve 392 rescisões na operação de Portugal do BPI, 297 na CGD, 200 no Santander Totta e 126 no BCP. Em relação ao fecho de agências, este último banco fechou 53 balcões, o BPI e o Novo Banco 52 cada um e a CGD fechou 47 agências em 2016. O Santander Totta fundiu cerca de 80 unidades da rede comercial.
De acordo com a agência Lusa, que fez as contas à redução do número de trabalhadores na banca portuguesa depois do anúncio dos resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na sexta-feira, o número de colaboradores dispensados duplica o do ano anterior.
Em 2015 o maior corte foi na CGD (448 trabalhadores), seguindo-se BCP (336), Novo Banco (261), BPI (63) e Santander Totta (25).
Os bancos têm vindo, nos últimos anos, a cortar de trabalhadores e agências para reduzir custos e melhorar resultados, num processo que vai continuar nos próximos anos. Por exemplo a CGD vai, até 2020, dispensar 2218 trabalhadores e fechar 181 balcões.