Sem qualquer fundamento científico, arriscamo-nos a dizer que somos dos países que mais importância dá ao café, mais não seja pelas variantes, nomes e exigências feitas ao balcão. Há a bica para Lisboa e o cimbalino no Porto, a italiana para quem gosta do curto e o abatanado para quem prefere chávena cheia, o carioca para os paladares mais sensíveis e pingado para quem precisa da ajuda do leite.
Todo este leque de pedidos habitualmente feitos ao balcão, passaram a ser conseguidos em casa. Prova disso é o boom de venda de máquinas de café de cápsulas que, em 2016, atingiu um número recorde. A penetração deste tipo de máquina no mercado português é já de 59%, representando um total de 84% das máquinas de café vendidas em 2016. Já chega aos 54% a percentagem de portugueses que prefere tomar café em casa.
A conclusão foi divulgada no estudo “Tendências Internacionais do Consumo de Café”, realizado pela Euromonitor e divulgado hoje pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC).
O mesmo estudo prevê o continuo aumento da venda de cápsulas como resultado de estilos de vida mais ocupados, especialmente entre os consumidores mais jovens. Assim, espera-se que as cápsulas registem um valor CAGR (taxa de crescimento anual composto) de 3% a preços constantes de 2016. Por conseguinte, as cápsulas poderão representar 75% do total das vendas constantes de café a retalho em 2021.
Se esta é uma tendência no Ocidente, o Oriente mantém-se fiel ao café instantâneo, onde o total de volume de vendas é de 25% (na Europa Ocidental é 75%).