Wolfgang Schäuble não perde uma oportunidade para lançar avisos a Portugal e ao governo da geringonça sobre os cuidados que devem ser tomados para o país não precisar de um novo resgate financeiro como o de 2011, em que recebeu das instituições financeiras e do FMI um total de 78 mil milhões de euros.
Num ambiente de otimismo governamental e presidencial, apesar de os dados económicos e financeiros aconselharem muita cautela, as palavras de ontem de Schäuble caíram como uma pedrada no ambiente político e económico de Portugal. Aliás, de uma maneira geral, tudo o que contradiz o Governo e o Presidente da República é muito mal recebido e mesmo alvo de fortes críticas.
O ministro alemão falou sobre as vantagens dos resgates que ocorreram em vários países da zona euro. Salientou que os programas de ajustamento ajudaram estes países, como Portugal, a regressar ao crescimento económico e que a pressão exercida «funcionou». Os alertas do ministro das Finanças acontecem num ano difícil para a Europa e para a zona euro. Tão difícil que Portugal só está à tona de água porque tem a mão do BCE bem por baixo.