A freguesia de Arroios tem cerca de 2500 árvores, 170 das quais plantadas no último ano. Dessas, sabe-se que as mais comuns são a tília, o Celtis australis e o Prunus avium, que é como quem diz: tília, lódão-bastardo e cerejeiras. Esta contagem pormenorizada faz desta freguesia de Lisboa a pioneira em Portugal no que respeita ao estudo do arvoredo, garantem os responsáveis. E Arroios promete não ficar por aqui.
Ainda a ultimar pormenores, a autarquia adianta que já concluiu 85% do mapeamento e identificou 49 espécies através da plataforma colaborativa OpenTreeMap, que permite a inventariação de árvores com georreferenciação.
Além disso, este sistema permite calcular os possíveis níveis de redução de CO2 e de poluentes do ar e a qualidade da água da chuva filtrada. Apesar de ser uma plataforma mundial, na Europa é utilizada apenas no Reino Unido e agora em Portugal.
Os dados foram disponibilizados pela Câmara Municipal de Lisboa e pela junta de freguesia e a ideia é que, a partir de agora, os técnicos encarregues desta monitorização ambiental o façam diretamente na plataforma, para que os números estejam sempre atualizados.
O trabalho dos técnicos é complementado pelo da população, que pode aceder à plataforma não só para ver que árvores existem na sua rua, mas também para comunicar eventuais anomalias e sugerir melhorias relacionadas com os espaços verdes da freguesia.
Assim, o site funciona em duas frentes. Por um lado, os administradores assumem os papéis técnicos, atualizam os dados relacionados com o porte, fase de vida da árvore, manutenções realizadas e intervenções a realizar. Já para o público, a plataforma OpenTreeMap é mais uma forma de ficar a conhecer melhor o local onde vive e contribuir. Pode saber mais sobre o projeto em www.opentreemap.org.