Há enfim números oficiais das vítimas do ataque da tarde desta quarta-feira em Westminster: cinco pessoas morreram no atentado terrorista, incluindo o atacante e o polícia que ele esfaqueou à chegada aos jardins do edifício do Parlamento. As duas outras vítimas morreram atropeladas na Ponte de Westminster.
Vinte pessoas ficaram também feridas, segundo anunciou a polícia londrina, algumas em estado crítico. As autoridades acreditam que só houve um suspeito, o mesmo homem que primeiro se lançou contra os pedestres na ponte, embateu o carro na vedação do Parlamento e esfaqueou o polícia nos jardins antes de ser abatido.
Em todo o caso, o porta-voz da polícia londrina confirma que as autoridades estão a explorar a possibilidade de existir um segundo atacante, referido por algumas testemunhas. O edifício do Parlamento está por isso a ser revistado porta a porta, um esforço laborioso que pode demorar horas.
4 people have died in an attack in London. This video shows the moment the incident began outside the UK Parliament.https://t.co/FwKsndgisW pic.twitter.com/81srJq9yGr
— BBC News (UK) (@BBCNews) March 22, 2017
Não se conhece ainda a identidade do atacante ou as suas motivações. Uma fotografia do seu corpo a ser socorrido mostra um homem de meia idade, com barba e pele escura. As autoridades tentam descobrir agora se era conhecido dos serviços antiterrorismo ou estava ligado a uma organização terrorista.
O ataque ocorreu ao início da tarde. O homem, armado com uma faca longa, conduziu o seu carro pela Ponte de Westminster atropelando pelo menos uma dúzia de pedestres – uma mulher atirou-se ao Tamisa e foi entretanto resgatada com vida, embora em estado grave.
Ato contínuo, embateu o carro contra o gradeamento dos jardins, que percorreu em direção a dois polícias armados, esfaqueando um e ferindo outro. Ao tentar aceder ao interior do edifício onde estava a primeira-ministra Theresa May, dois agentes à paisana abateram-no a tiro.
“Ele tinha qualquer coisa na sua mão”, conta Quentin Letts. “Parecia um pau de algum género e foi abordado por dois polícias com casacos amarelos. Um deles caiu ao chão e o que vimos foi o homem vestido de negro a mover os braços de uma forma que sugeria que ele o continuava a atacar ou a esfaquear”, explica.
Nesse momento, entraram em cena outros agentes, disfarçados e armados, que o abateram antes que conseguisse progredir para o interior. “À medida que ele tentava entrar no edifício, dois polícias à paisana gritaram-lhe alguma coisa, que pareciam ser alertas. Ele ignorou-os e eles dispararam duas ou três vezes até ele cair.”