Carlos Silva foi hoje reeleito secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), com 493 votos a favor, ou seja, com o apoio de 84,27% dos votantes.
O socialista liderou a lista única concorrente aos órgãos sociais.
Após a vitória, Carlos Silva apresentou-se como “um dirigente sindical e não um político, contrariamente ao que dizem por aí”. O socialista comprometeu-se a "lutar na concertação social" por uma discriminação positiva de quem vive e investe no interior do país: "se há regionalização ou não é uma questão que podemos discutir. Se há delegação de competências para as autarquias e para as câmaras, pois que discutam o Governo e a Assembleia da República. Mas o que os cidadãos querem é ser tratados todos como iguais
Sobre o “cansaço” dos trabalhadores da Administração Pública, Carlos Silva deixou ainda um aviso ao Governo: "É preciso que o Governo se comprometa. Se não é possível com medidas, que dê datas, que dê prazos. Que se comprometa, com o primeiro-ministro a dizer 'vamos trabalhar no sentido de desbloquear as progressões na carreira, vamos trabalhar no sentido de valorizar os trabalhadores da Administração Pública, vamos trabalhar e comprometer-nos a admitir pessoal”.
O líder da UGT aproveitou também para se dirigir às empresas, dizendo que "não quer mal aos empresários", quer sim "que cresçam e que invistam", mas ao mesmo tempo que "respeitem os trabalhadores, paguem salários condignos e respeitem a negociação coletiva". "Há quem tenha espécie de urticária quando a UGT fala das empresas, como se não fossem as empresas que gerassem postos de trabalho. O paradigma dos nossos tempos é visitar os empresários, é falar com eles, é dar guarida a muitas das suas preocupações, é apelar pedagogicamente e de forma didática para que abram as portas aos nossos sindicatos e à nossa organização", acrescentou.