A maior parte deste valor – mil milhões de dólares – corresponde a um acordo de 2015 entre a construtora e o sindicato United Auto Workers (UAW) que assegura um compromisso para um investimento de 9 mil milhões de dólares por parte da construtora em fábricas nos EUA até 2019.
Ainda assim a administração norte-americana reclamou para si parte da responsabilidade pelo anúncio. O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu de imediato no Twitter: "Grande anúncio feito pela Ford. (…) As fabricantes de automóveis estão a regressar aos Estados Unidos. Empregos! Empregos! Empregos!".
Pouco depois, na mesma rede social, a conselheira da Casa Branca Kellyanne Conway acrescentou: “Duas semanas depois de @POTUS se ter reunido com os excutivos da indústria automóvel… A Ford tem planos para um investimento ‘significativo’ em três fábricas”. POTUS é o acrónimo usado para o presidente norte-americano.
A Ford pretende investir 850 milhões de dólares na unidade fabril situada em Wayne, que tem quase 3.700 trabalhadores. No acordo com o sindicato estava previsto um investimento de apenas 700 milhões de dólares.
150 milhões de dólares estão destinados à produção de motores na fábrica de Romeo (onde trabalham 500 pessoas) e que representará a criação ou manutenção de 130 postos de trabalho.
Os restantes 200 milhões de dólares serão investidos num centro de dados com o objectivo de apoiar os planos de expansão dos serviços de mobilidade da marca norte-americana.
No anúncio, tanto da Ford como a UAW enalteceram o seu acordo de 2015. “Graças á negociação colectiva, os trabalhadores destas fábricas vão colher os frutos do seu trabalho”, disse Jimmy Settles, representante da UAW na Ford em comunicado.
O compromisso da Ford para investir 9 mil milhões de dólares aplica-se ao contrato com a UAW até 2019 e a fabricante já cumpriu quase metade. “Até agora anunciámos mais de 4,7 mil milhões de dólares de investimento”, disse a porta-voz da Ford Kelli Felker à agência AFP.