"Neste momento, estamos a realçar as oportunidades que existem de atrair investimento na área produtiva, que complemente o investimento das empresas chinesas em ativos", afirmou Caldeira Cabral.
A China tem sido um dos principais investidores em Portugal, comprando participações nas áreas da energia, dos seguros, da saúde e da banca. O ministro português, que está na China, defende que o objetivo agora é que os chineses "venham produzir para dentro da Europa a partir de Portugal".
De acordo com o governante, "Portugal é hoje um país que se afirma também pelo conhecimento, diferenciação da sua produção, qualidade da sua indústria e posição estratégica, que é uma vantagem e uma boa porta de entrada para as empresas chinesas no mercado europeu".
Manuel Caldeira Cabral participou no Fórum Asiático BOAO na província de Hainan. O evento teve nesta edição como tema "Globalização e livre-comércio na perspetiva asiática", e contou com a presença de 80 ministros de vários países, além empresários, investidores, empresas e organizações internacionais.
O teve como objetivo reforçar a nova postura pró-globalização adotada por Pequim. "O tema foi a globalização e eu penso que foi no sentido de seguir a intervenção do Presidente da China em Davos, uma intervenção muito forte a favor da globalização", explicou o ministro, citado pela agência Lusa. “A mensagem que levei de Portugal é que é um país que está aberto ao comércio, quer estar envolvido no comércio internacional", revelou.