MAI reconhece “falhas graves” no controlo de armas da PSP

A ministra da Administração Interna  reconhece que houve “falhas graves” no controlo e supervisão das armas da PSP.

Constança Urbano de Sousa falou aos jornalistas a propósito do desaparecimento de 57 armas Glock da PSP, no mesmo dia em que decidiu instaurar processos disciplinares em toda a cadeia hierárquica do departamento de armas.

Os processos disciplinares surgem depois de conhecidas as conclusões do relatório de inquérito do Ministério da Administração Interna (MAI) que revelou existirem “falhas graves de supervisão e controlo no Departamento de Departamento de Apoio Geral (DAG) da Direção Nacional da Policia de Segurança Pública”, disse a ministra.

Além dos processos disciplinares, Constança Urbano de Sousa solicitou também uma inventariação “rigorosa” de todas as armas nas forças e serviços de segurança sob a tutela do MAI e uma  análise “muito exaustiva” de todos os procedimentos de controlo, supervisão, armazenamento e distribuição de armamento aos polícias em geral e aos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A governante revelou ainda que deu início ao processo de cessação da comissão de serviço do ex-diretor do DAG da Direção Nacional da PSP, Paulo Jorge Sampaio, enquanto oficial de ligação do MAI na Guiné-Bissau, que dirigia este serviço de armazenamento de armas e foi recentemente para aquele país.

O extravio das 57 armas foi detetado após a apreensão de uma arma de fogo da polícia durante uma operação policial que decorreu no Porto, em janeiro. Outras três armas foram detetadas pelas autoridades espanholas em Ceuta.