O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu suspender o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, por 113 dias, e Octávio Machado, diretor-geral para o futebol profissional dos leões, por 75. Tudo na sequência de uma queixa apresentada pelo… Benfica em novembro de 2015.
O CD considerou o presidente do Sporting culpado de três infrações de lesão da honra e reputação, por frases como “Os jogos não se jogam dentro das quatro linhas e a forma como é feito já nem sequer é velada” ou “O senhor Vítor Pereira já ultrapassou os limites do ridículo”. Já Octávio Machado foi punido por duas infrações. Além disso, foram ambos condenados a multas pecuniárias: 2869 euros para Bruno de Carvalho e 1913 euros para Octávio.
O processo, como já foi referido, foi iniciado a 30 de novembro de 2015 por participação do Benfica contra a Sporting SAD, Bruno de Carvalho, Octávio Machado, Jaime Marta Soares (Presidente da Mesa da Assembleia Geral leonina) e Jorge Jesus (treinador do Sporting) – os dois últimos entretanto absolvidos. O clube leonino tem a intenção declarada de recorrer para o TAD (Tribunal Arbitral do Desporto), mas até lá, o presidente do Sporting está impedido de dar entrevistas ou fazer declarações, pelo que novas sanções podem estar à porta, pois ontem à noite foi entrevistado por José Alberto Carvalho na TVI24. Aí, voltou a citar o tio-avô, o antigo Primeiro-Ministro Pinheiro de Azevedo: “Não gosto de ser sequestrado.”
Na mesma ocasião, Bruno de Carvalho lembrou que esta é “a maior sanção aplicada a um presidente de um clube em Portugal desde o Apito Dourado”. Então, João Bartolomeu, à data presidente da União de Leiria, foi suspenso por um ano; Pinto da Costa, líder do FC Porto, apanhou dois anos de suspensão; e João Loureiro, presidente do Boavista, teve de se afastar do cargo por quatro anos. “Isto demonstra o estado a que chegámos”, disparou o presidente leonino.
Mais recentemente, Joel Pinho, diretor-desportivo do Arouca, foi suspenso por seis meses; António Salvador, presidente do Braga, por três; e Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, apanhou dois de castigo.