Brasil. 137 mortes por febre amarela confirmadas em Minas Gerais

A transmissão da doença já foi confirmada em 57 cidades, com 376 casos conhecidos

Alarme no estado brasileiro de Minas Gerais: estão confirmadas 137 mortes devido a febre amarela, com 64 ainda a ser investigadas. No total, foram já encontrados 376 casos da doença em municípios mineiros, sendo que a transmissão da doença já foi confirmada em 57 cidades, com 97 municípios a apontar registo de casos suspeitos.

Estes números constam no novo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgado nesta quarta-feira. Trata-se do maior surto no Brasil desde 1980, ano em que o Ministério da Saúde do país passou a disponibilizar os dados. Até agora, a situação mais grave havia ocorrido em 2000, quando morreram 40 pessoas em todo o país.

A febre amarela atinge humanos e macacos e é causada por um vírus da família Flaviviridae. No meio rural e silvestre, ele é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em áreas urbanas, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Até agora, nenhum dos casos em Minas Gerais é considerado urbano, sendo que, de acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, a transmissão da febre amarela no país não ocorre em áreas urbanas desde 1942.

A SES-MG anunciou ainda que, a partir de agora, os boletins serão divulgados apenas uma vez por semana, sempre às quartas-feiras – antes eram publicados às terças e sextas-feiras. A mudança foi justicada com uma “redução signicativa do número de casos notificados diariamente”.

As confirmações da doença ocorrem quando o paciente apresenta exame positivo para febre amarela, sintomas compatíveis com a doença, exame negativo para dengue e falta ou desconhecimento sobre vacinação.