Ao seu estilo, José Mourinho negou liminarmente as notícias que davam conta de um alegado interesse do Manchester United na contratação de Neymar. Os rumores foram levantados pela Imprensa catalã, garantindo que os Red Devils estavam dispostos a cometer "uma loucura" (financeira, claro está) para tirar o avançado brasileiro do Barcelona.
"É pura especulação. Procuro sempre ser objetivo e pragmático com os clubes e pedir aos clubes aquilo que me pode ser dado. Pedir Neymar é absurdo. Um clube como o Barcelona não pode e nem vai perder o Neymar. Apesar de Messi ser ainda um jovem jogador com anos pela frente, já esta a tocar nos 30, e o Neymar vai ser o grande jogador do Barcelona pós-Messi. Por isso, pensar em contratar Neymar é como ir tentar arrombar um cofre: impossível", disparou o treinador português em entrevista à ESPN Brasil.
Mourinho revelou ainda preferir os jogos de apuramento sul-americanos aos europeus. "Os jogos de apuramento na Europa aborrecem-me, no vosso continente motivam-me. Gosto do futebol a sério, não gosto do futebol a brincar. Na qualificação sul-americana o futebol é a serio, há muitas seleções boas, do mesmo nível, mesmo aquelas que não são tão fortes criam dificuldades. Na Europa a qualificação é uma brincadeira, a gente qualifica-se, quem não se qualifica diretamente vai pelos playoffs, há uma discrepância brutal entre as equipas. Na América do Sul a qualificação é uma verdadeira competição ao longo de um par de anos", realçou o técnico do Manchester United.
Questionado sobre a possibilidade de vir um dia a treinar a seleção do Brasil, Mourinho riu-se… e educadamente deixou entender que tal não deverá vir a acontecer. "Acho que a seguir ao Manchester United preciso de um trabalho mais fácil e treinar a seleção brasileira deve ser mais difícil. Obviamente seria apaixonante, qualquer treinador quer trabalhar com os melhores clubes e com as melhor seleções. Mas tenho de confessar que deve ser difícil, porque em cada brasileiro há um treinador, em cada jornalista há um treinador melhor do que o treinador. Deve ser um país difícil para trabalhar, mas também apaixonante. Mas a seleção brasileira é para um treinador brasileiro", sentenciou.