Casillas não negou a importância do jogo deste sábado. O FC Porto tem menos um ponto que o Benfica.
"É um jogo especial. Não só pela rivalidade entre portistas e benfiquistas, mas também porque é importante na luta pelo título. Estamos em abril e neste jogo pode-se recolher uma vantagem chave para ganhar o campeonato", reconheceu.
Na conversa, foram abordados outros temas. O guarda-redes declarou que a relação com o treinador Nuno Espírito Santo "é muito boa" e elogia outras qualidades. "Gosto da sua filosofia, é direto e em nenhum momento reúne problemas. Vai ter com o jogador e olha-o nos olhos. Isso é importante quando tens que conviver com 23/24 jogadores".
Mais elogios também para o avançado Soares, reforço de inverno do FC Porto. "Fez-nos muito bem. Ele trouxe mais competência no ataque, golos… Foi uma boa contratação para a equipa. É um grande jogador", defendeu.
Casilla falou ainda sobre a estratégia da equipa e o facto de ter mantido a baliza inviolável em 20 jogos. “São números muito bons. Qualquer guarda-redes não gosta de sofrer golos , mas no final tudo dependerá se esses números vão ajudar a conquistar o título. Aí sim, os números têm muito mais valor", refere.
"Mudamos muito em comparação com o ano passado. Quase metade do plantel, o que é uma barbaridade. O que conseguimos até aqui não é fácil, mesmo que se possa pensar o contrário", acrescenta.
Por digerir, está a eliminação da Liga dos Campeões frente à Juventus. "Alex Telles teve uma entrada dura e recebeu logo o vermelho. Parece-me que realmente é cartão vermelho, mas o Herrera sofreu uma dura entrada, teve que levar 14 pontos e não se passou nada. É fácil, quando não és um dos grandes da Europa, mostrar amarelos e vermelhos", criticou.
Sobre José Mourinho, nem uma pingo de rancor. "Se pudesse voltar a atrás se trabalharia outra vez com Mourinho? Trabalharia, sim", confirmou.
"Sempre quis o bem do clube e não fui eu que montei um circo quando as coisas não estavam boas. Nesse ano, quando surgiram os problemas, disputámos uma final da Taça do Rei, que não conseguimos ganhar mas estivemos perto disso até ao fim», lembrou.
«Armaram um circo entre duas pessoas, depois entraram mais quatro ou cinco nesse circo, mas o mais importante era o Real Madrid", defendeu-se Casillas.