A decisão foi tomada este domingo pela Direção Geral de Saúde (DGS), liderada por Francisco George.
O grupo de coordenação de controlo do surto da doença reuniu hoje, em Lisboa. Isabel Aldir, diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, explicou já que será aplicada imunoglobulina, que “protege mais rapidamente, mas de forma mais transitória” do que a vacina, cita a TVI 24.
Na consulta do viajante a estratégia a seguir será da aplicação de imunoglobulina, que é igualmente segura e protetora para o viajante e que será alvo de dispensa de farmácia comunitária.
No centro da capital, na Unidade de Saúde da Baixa, no Martim Moniz, é possível receber a vacina gratuitamente, desde que com receita médica, como explicou esta tarde a diretora para o programa para as hepatites virais da DGS
Na semana passada, a DGS alertou para um surto da doença em Portugal. Só o continente registou 126 casos desde janeiro deles 119 homens e sete mulheres, quase todos sinalizados na Grande Lisboa.
Neste alargamento de proteção, gratuita no contexto do surto, será dada atenção a viajantes que se deslocam para países da África, África Subsariana, Ásia e América Central e do Sul.
Transmissão não é só via relações sexuais
A prevenção da doença destina-se a “todas as pessoas a quem o médico faça uma avaliação de risco”.
O contacto sexual é a principal forma de transmissão da Hepatite A. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças diz que atividade epidémica recente está relacionada com alguns comportamentos sexuais, nomeadamente quando envolve múltiplos parceiros.
A vacinação de pelo menos 1.900 pessoas em Lisboa controlará o surto de hepatite A, que se transmite apenas por água e alimentos contaminados e contacto sexual, informou este domingo Diogo Medina, da ONG Grupo de Activistas em Tratamentos (GAT), também presente no encontro.