Aos 35 anos, o 91º título da carreira, em nova demonstração de força contra o maior rival de sempre: senhoras e senhores, Roger Federer é o vencedor do Masters 1000 em Miami. Como foi do Open da Austrália e de Indian Wells. Tornou-se, de resto, no segundo homem na história a vencer Indian Wells e Miami de seguida por três vezes, depois de Novak Djokovic, que o conseguiu por quatro.
Ontem, Federer bateu Rafa Nadal pela terceira vez em 2017. Apenas dois sets (6-3 e 6-4), em 1h34 minutos de jogo, bastaram para o suíço conquistar o terceiro título da temporada – onde, em 20 encontros, venceu… 19. Até este ano, Nadal tinha vencido 23 vezes nos confrontos com Federer, contra apenas 12 do suíço. Desde janeiro, porém, o lendário tenista helvético não tem dado hipóteses ao espanhol: derrotou-o nas finais da Austrália e agora em Miami, e ainda nos oitavos de final de Indian Wells.
Federer, diga-se, subiu ainda ao quarto lugar do ranking ATP – ele que arrancou a temporada na 17ª posição. No fim do encontro com o arquirrival – e, simultaneamente, um grande amigo -, o tenista helvético reagiu desta forma, dirigindo-se diretamente a Nadal: “Estou feliz por termos estado aqui juntos. Foi aqui que a nossa rivalidade começou, quando tu eras um miúdo. Entretanto, tornaste-te um homem forte. Tivemos grandes batalhas ao longo dos anos. Nessa primeira vez [em 2005], quando te bati na final com um pouco de sorte, disse-te que ias ganhar este torneio e ainda acredito que o vás fazer.” Palavras carregadas de classe e desportivismo.
Roger Federer, que conquistou o seu 26º título Masters 1000 da carreira, deverá agora fazer uma pausa na temporada, regressando apenas em Roland Garros, segundo evento do Grand Slam do ano, que começa a 28 de maio. “Vou continuar a treinar em piso rápido e só voltar à terra batida duas semanas antes de Roland Garros. O meu próximo objetivo é mesmo Wimbledon”, sublinhou, semanas depois de comentar assim a vitória em Indian Wells: “Para mim, a corrida dos sonhos continua. O conto de fadas de um retorno que começou na Austrália. É uma grande, grande surpresa para mim. É um começo de ano absolutamente estrondoso. O ano passado não ganhei nenhum título.”
konta vence a prova feminina Na competição feminina, foi a britânica Johanna Konta a levar a melhor, ao vencer na final a dinamarquesa Caroline Wozniacki. A tenista britânica (embora nascida na Austrália, há 25 anos), que chegou ao torneio norte-americano como número 11 do mundo, ganhou à atual 14ª por 6-4 e 6-3, ao fim de uma hora e 36 minutos – curiosamente, números quase tirados a papel químico dos do encontro entre Nadal e Federer.
Este acaba por ser um triunfo histórico para a Grã-Bretanha: é o título mais relevante do ténis feminino britânico desde a conquista de Wimbledon por Virigina Wade, no já longínquo ano de 1977.