Trump deixa cair Bannon do Conselho de Segurança Nacional

Ex-diretor da Breitbart deixa de ter assento no órgão de aconselhamento ao presidente em matéria de segurança interna e política externa

O presidente dos EUA decidiu afastar um dos seus homens de confiança do Conselho de Segurança Nacional (NSC). Steve Bannon, o antigo diretor do Breitbart News – um site de extrema-direita e um veículo de propaganda nacionalista, supremacista e anti-globalista – e principal estratega da campanha presidencial do republicano, tinha sido escolhido para aquele órgão de aconselhamento a Donald Trump, em matéria de segurança interna e política externa, mas foi hoje dispensado.

De acordo com as declarações prestadas por um funcionário da Casa Branca ao “Washington Post”, o afastamento de Bannon do NSC não é uma despromoção, uma vez que a sua presença naquele conselho restrito apenas se justificava para monotorizar Michael Flynn, o ex-conselheiro de Segurança Nacional, demitido em fevereiro, devido aos contactos que manteve com a Rússia, antes de Trump entrar em funções.

Um outro membro da administração americana falou com a Fox News e revelou que a partir do momento em que o presidente escolheu o general H.R. McMaster para o lugar de Flynn, deixou de haver a necessidade de Bannon se manter, de forma permanente, no NSC.

Se a escolha do ícone da alt-right [um movimento extremista alternativo de direita, que junta supremacistas brancos, neonazis e antissemitas] para aquelas reuniões gerou críticas junto da oposição democrata, a confirmação do seu afastamento foi naturalmente recebida com agrado.

“A minha esperança era que [Bannon] não tivesse qualquer papel no governo”, lamentou, ainda assim, o senador democrata Ben Cardin, citado pelo Politico, depois de se revelar “satisfeito” pela reestruturação do NSC e consequente abandono de Bannon. Jack Reed, um outro senador do Partido Democrata, aprovou igualmente a decisão e, através de uma mensagem publicada no Twitter, defendeu que Bannon “nunca deveria ter estado” no conselho. “Afastá-lo foi a decisão certa”, afirmou.

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