Vão ser contratados 31 novos psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), aos quais se podem vir a juntar outros 55 até ao final do ano. A novidade foi ontem divulgada pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, que falava durante uma conferência subordinada ao tema “depressão” o escolhido para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
"São pequenos passos num quadro de dificuldades orçamentais que vamos tendo, mas representam um sinal", disse o ministro. Um sinal que fica aquém do que foi pedido pela ordem dos psicólogos, que fala na falta de cerca de 500 psicólogos para dar resposta e encaminhamento aos casos que chegam aos serviços. "Se temos hoje uma situação em que recorremos em primeira linha aos psicofármacos como resposta às queixas dos utentes que se apresentam com sinais de um quadro depressivo e não temos forma de fazer uma avaliação que permita um diagnóstico precoce e uma correta avaliação e encaminhamento para o tipo de apoio que aquele utente realmente precisa, logo aqui nós estamos a começar muito mal", referiu o bastonário, Francisco Miranda Rodrigues.
A existência de psicólogos "numa primeira linha" de atendimento aos pacientes permitiria, em muitos casos, segundo o bastonário, orientar os doentes para situações de autoajuda, sem recorrer a medicação.
