O presidente egípcio, Abdul Fattah al-Sisi, decretou três meses de estado de emergência no país, na sequência do duplo ataque do autoproclamado Estado Islâmico a igrejas coptas cristãs de Alexandria e Tanta, a norte do Cairo, que causou mais de quatro dezenas de mortos e largas dezenas de feridos no Domingo de Ramos, início da semana santa para os cristãos.
Esta medida abre caminho a detenções e buscas sumárias. Só entrará em vigor, todavia, depois de ter o aval do Parlamento, que se terá de pronunciar nos próximos sete dias. Ainda assim, é crível que tal não se venha a constituir como um obstáculo, tendo em conta a ampla maioria que secunda o regime de Abdul Fattah al-Sisi.
A advertência do presidente egípcio, transmitida pelas televisões do país, foi clara: vem aí um "combate longo e doloroso" contra o extremismo islâmico. Antes mesmo de se dirigir ao país, o Abdul Fattah al-Sisi já havia ordenado o destacamento de unidades militares para a proteção de “infraestruturas vitais” espalhadas pelo território egípcio.
Esta medida, todavia, deverá suscitar preocupações entre ativistas dos Direitos Humanos, como ressalva a edição online da BBC. Al-Sisi tem sido frequentemente acusado de impor políticas restritivas dos direitos civis e políticos no Egito.