Nos últimos tempos, nem sempre tem sido assim tão especial. Ontem, porém, Mourinho mostrou que ainda tem aquela centelha própria apenas dos grandes. E às custas do Chelsea de Antonio Conte, que nesta temporada passou a ser o seu inimigo preferido – isto, apesar do cumprimento no final do jogo. Pois é: o Manchester United bateu o fogoso líder da Premier League (2-0), mesmo sem Zlatan Ibrahimovic e Mkhitaryan, que surpreendentemente começaram o jogo no banco.
As críticas dos adeptos do United, assim que viram o onze inicial, foram aos milhares, mas Mourinho acabaria por provar que mais uma vez tinha razão. Rashford, escolhido pelo Special One para titular em detrimento do astro sueco, mostrou logo aos sete minutos que a opção técnica havia sido acertada, batendo Begovic após lançamento de Ander Herrera – que no início da jogada havia intercetado um passe de Matic com o braço.
Perante um Chelsea irreconhecível – que perdeu ainda Marcos Alonso no aquecimento –, os Red Devils nunca tiraram o pé do acelerador e viriam a aumentar a vantagem no início da segunda parte (49’), por intermédio de Herrera, o homem do jogo. Os Blues viriam a terminar o encontro com zero remates à baliza de De Gea – não acontecia cenário semelhante há dez anos, sendo que em 2007 o mesmo se verificou… também em Old Trafford.
Mourinho riu por fim, no terceiro e último duelo com o Chelsea nesta temporada. Na primeira volta, o United havia sido goleado (4-0), e há algumas semanas voltou a sair derrotado de Stamford Bridge (1-0), então para a Taça. O triunfo de ontem permite continuar de forma acirrada na luta por um lugar de acesso à Liga dos Campeões; já o Chelsea vê a vantagem para o Tottenham reduzir para apenas quatro pontos.
Afinal, Mourinho ainda é o Special One. Quando quer…
Sem Ibrahimovic, de fora por opção, o Manchester United venceu o Chelsea (2-0) e pegou fogo à Premier League