O processo de demolição das 23 casas, consideradas ilegais, na ilha do Farol no Algarve começou esta manhã, prevendo-se que demore uma semana.
São cerca de 36 construções, mas apenas 23 estão consignadas à Sociedade Polis Ria Formosa, pois as restantes 13 estão protegidas por providências cautelares.
“Foram identificadas 36 edificações em zona de risco e em domínio público marítimo. Destas, tomou-se posse administrativa de 32. Neste momento, estão a ser alvo de intervenção 23 edificações”, lê-se num comunicado do Ministério do Ambiente.
O documento refere ainda que em nenhum destes casos “estão em causa primeiras e únicas habitações ou apoios de viveiristas ou mariscadores, atividades económicas tradicionais da Ria Formosa”.
O presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, José Pacheco, explicou à Lusa que hoje irão montar o estaleiro e salvaguardar questões ambientais que passam pela retirada das telhas de amianto.
Até ao dia 20 de maio "tem que estar tudo arranjado", após as demolições há ainda que fazer a recolha dos detritos, e é necessário que aconteça antes da época balnear.
No terreno estarão pelo menos 80 agentes da polícia marítima para garantir a ordem pública e a segurança das pessoas.
"Vamos ter um perímetro exterior, numa zona mais afastada das construções, com 40 polícias e perímetros interiores também com 40 [agentes], nos locais mais próximos das habitações", referiu também à Lusa o comandante da Zona Marítima do Sul, Nuno Cortes Lopes.
"Ninguém deve entrar dentro do perímetro exterior sequer", mas para aumentar o nível de segurança foi montada uma segunda barreira, que corresponde ao perímetro interior.
Por outro lado, José Pacheco da Polis acredita que as pessoas "vão cumprir a lei", apesar de estarem descontentes com o processo.