Um agente da polícia foi morto e outros dois ficaram feridos com gravidade num tiroteio na mais emblemática Avenida de Paris, os Campos Elísios. Segundo as autoridades, o presumível agressor foi “neutralizado” e morto. Testemunhas, citadas pela a emissora de televisão BFM-TV, asseguram que o atacante estava armado de uma espingarda metralhadora kalashnikov, dado terem sido ouvidas rajadas desse tipo de arma, que não equipa a polícia francesa.
Segundo o jornal “Le Monde”, citando pessoas que estavam no local, o atacante chegou de automóvel, saiu e atacou com rajadas de AK uma viatura da polícia, que estava a passar. Matou um polícia, feriu dois e foi abatido. Não se sabe ainda se o homem agiu sozinho.
Pouco tempo depois do incidente, a prefeitura da polícia de Paris pediu, pelas redes sociais que os parisienses não usassem esta avenida do centro da capital francesa. “Intervenção da polícia em curso no setor dos Campos Elísios. Evitem a zona e respeitem as instruções da polícia”, pedia a mensagem na conta do Twitter das forças da autoridade. Poucos minutos depois do incidente, dezenas de polícias fortemente armados deslocaram-se para a zona, que foi também sobrevoada por um helicóptero da polícia, em busca de eventuais cúmplices do atirador.
O primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve, juntou-se ao presidente francês, François Hollande, no palácio do Eliseu.
O candidato do Partido Socialista, Benoît Hamon, na sua intervenção na France 2, reagiu ao tiroteio: “os meus pensamentos vão para o polícia morto e para os seus colegas feridos. Apoio total às forças da ordem na sua luta contra o terrorismo”, precisou o candidato socialista na sua conta do Twitter.
O tiroteio tem lugar a menos de três dias das eleições presidenciais. Na terça-feira passada foram detidos dois homens em Marselha. As autoridades suspeitavam que pretendiam fazer um atentado na cidade em nome do Estado Islâmico. Segundo o jornal próximo da candidatura de François Fillon, “Le Figaro”, o candidato da direita podia ser o alvo, dado deslocar-se a essa cidade na última semana da campanha eleitoral. As autoridades não confirmaram esta versão, mas sabe-se que dias antes foram fornecidas, às candidaturas de Marine Le Pen e de Fillon, fotografias de potenciais suspeitos de quererem cometer um ataque.