O ambiente na Península da Coreia e no Mar da China Meridional é de tensão enorme, com avisos, ameaças e demonstrações de força quase diárias. Mas desta vez não foram os Estados Unidos ou a Coreia do Norte a contribuir para tal. A China apresentou esta quarta-feira o seu mais recente trunfo militar, um porta-aviões batizado de Shandong, o primeiro de fabrico totalmente nacional e o segundo da frota chinesa.
A cerimónia de exibição da embarcação teve lugar no porto de Dalian, na região nordeste do país, e embora o porta-aviões ainda não esteja finalizado – só estará operacional em 2020 –, realizou-se com pompa e circunstância, tendo sido presidida pelo general Fan Changlong, vice-presidente da Comissão Militar Central chinesa e número dois da hierarquia militar de Pequim.
Segundo a agência noticiosa chinesa Xinhua, o Shandong tem 315 metros de comprimento, 75 de largura, e capacidade para transportar 50 mil toneladas e mil soldados, a uma velocidade de cerca de 60 quilómetros por hora.
O investimento na componente marítima do seu exército tem sido uma das prioridades de Pequim, particularmente para encarar de outra forma as disputas territoriais no Mar da China Meridional e aumentar a sua presença militar na região. De momento, apenas tem um porta-aviões operacional. Trata-se do Liaoning, uma embarcação construída a partir de um velhinho porta-aviões ucraniano, comprado em 1998, e transformado definitivamente em 2012.
Mesmo sendo neste momento o segundo país que mais investe em Defesa no mundo, a China ainda, ainda assim, está bastante longe dos EUA, quer nesse capítulo, quer em número de porta-aviões. Os norte-americanos têm a maior frota deste tipo de embarcações – 10 – e todas elas têm capacidade para transportar até 100 mil toneladas.