Num relato publicado numa página de Facebook afeta ao Sporting, intitulada Sporting 1906, um elemento da claque Juve Leo que esteve presente nos confrontos que aconteceram junto ao estádio da Luz contou o que aconteceu na noite do atropelamento mortal.
“Foi o dia mais triste da minha vida. Dia em que conheci o que é bater no fundo psicologicamente”, começa por dizer Valter Semedo, autor do texto.
No texto, o elemento da Juve Leo começa por dizer que no “código de Ultras” existem regras e o “assassinato” não é uma delas.
Valter Semedo conta o que aconteceu: “Chegámos à Luz com o objetivo de mostrar que nada temos a temer, que a nossa força é a maior de Portugal. Procurámos o confronto corpo a corpo, mas eis que a claque adversária na falta de coragem decide fazer um confronto como nuncatinha visto em nenhum canto do mundo das claques: carros vs. Ultras”.
O adepto do Sporting explica que acabaram por abandonar o local e que, já em Alvalade, o grupo percebeu que faltava um elemento: “foi como se tivéssemos todos levado uma facada no peito”.
Um carro ainda se dirige ao local, mas já se encontra lá a polícia e o INEM, conta este adepto, que explica que “o Marco não foi abandonado”.
“Homicídio não faz parte nem de amor, nem do mundo Ultra, nem de nada”, lê-se na publicação.
Valter Semedo deixa ainda uma mensagem aos adeptos que critica a atitude desde grupo: “Se eram capazes deviam lá estar e não darem uma de heróis sem nunca o terem sido”. “Nenhum dos críticos é mais homem que eu”, sublinha.