Rodrigo Duterte pediu este sábado ao governo americano que seja contido na sua resposta ao mais recente teste balístico norte-coreano, avisando que, adotando uma política de confronto, Washington estará apenas a jogar o jogo de Kim Jong-un, que, assegura, “quer acabar com o mundo”.
O líder filipino – ele próprio uma figura altamente controversa, que iniciou uma espécie de regime de impunidade para crimes contra traficantes de droga– refere-se ao mais recente teste de tecnologia balística pelo regime de Pyongyang, que, na madrugada deste sábado, disparou um míssil que se autodestruiu passados poucos segundos.
O disparo é sobretudo uma provocação aos Estados Unidos, que nas últimas duas semanas adotaram uma postura mais confrontacional do que a que era a política do antigo presidente americano, Barack Obama, e enviaram para o Mar do Japão uma frota com um porta-aviões. A França tem o seu único porta-aviões na mesma zona.
Donald Trump, que alertou esta semana para a possibiliade de um conflito sangrento contra o regime norte-coreano, afirmou este sábado que o teste balístico, mais do que uma provocação contra o poder militar americano, é uma “falta de respeito” para os chineses e o seu “altamente respeitado presidente”.
Impere hoje um equilíbrio frágil de poder na Península Coreana. A China pressiona o regime norte-coreano o quanto pode para evitar novos testes balísticos e nucleares, mas não ao ponto de ele poder ruir, causando uma crise com milhões de refugiados e, num cenário ainda mais negro, uma violenta guerra nas suas fronteiras.
Os Estados Unidos, por sua vez, tentam pressionar Pequim de forma a que o grande pilar de Kim Jong-un faça mais para o travar. Mas a influência de lado-a-lado não é certa e sabe-se pouco sobre o que pode estar nos planos de Pyongyang. O Japão pediu este sábado a solidariedade da comunidade internacional e alertou para a possibilidae de novos testes.