A mulher de Pedro Silva Pereira, Ana Bessa, foi interrogada pelo Ministério Público. Em causa está uma avença mensal que durante um ano recebeu de uma empresa de Carlos Santos Silva.
Os investigadores suspeitam que essa foi uma das formas utilizadas por José Sócrates para fazer circular o dinheiro com origem em contrapartidas ilícitas que terá recebido enquanto esteve à frente do Governo.
Recorde-se que Silva Pereira foi ministro-adjunto e braço-direito de Sócrates no Governo chefiado por este, além de ser seu amigo pessoal.
Ouvida no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em fevereiro passado, Ana Bessa prestou declarações no âmbito da Operação Marquês. Foi confrontada com contratos de prestação de serviços à XLM-Sociedade de Estudos e Projetos, empresa do universo de Carlos Santos Silva, suspeito de ser o testa-de-ferro de Sócrates, sendo também, segundo o SOL apurou, interrogada sobre despesas que o ex-primeiro-ministro suportou com o seu filho, Gonçalo Pereira, enquanto este estudou em Paris.
Para o MP, Ana Bessa será uma das várias beneficiárias do seu património. À semelhança de Domingos Farinho – o professor suspeito de ser o verdadeiro autor dos livros publicados por José Sócrates –, Ana Bessa recebeu avultadas quantias ao abrigo de contratos com a XLM que se suspeita serem fictícios.
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