Tinha uma vida social muito intensa. Mais tarde transformou-se noutra: mais preocupada, mais ponderada, menos leve, muito subjugada às leis castradoras da cultura judaico-cristã e nada de acordo com as minhas opções estéticas e artísticas.
Depois da morte do meu pai, surgiu outra: falsamente conformada, aparentemente feliz, mas a chocar uma depressão da qual saiu há dez anos. De há dez anos para cá, ganhei a melhor de todas as mães. Leve, divertida, bem-disposta, autocrítica e sempre pronta a aceitar um desafio, seja para ir andar de mota, seja para mandar um mergulho, seja para sair de descapotável à noite.
Que nunca ninguém diga que o ser humano não muda. Muda muito e, neste caso, para melhor do que nunca.