Foi convocada, esta segunda-feira, pela CGT, Confederação Geral do Trabalho, a primeira manifestação contra as políticas de Emmanuel Macron, que será o novo Presidente francês.
O europeísta, no seu plano eleitoral, admitiu continuar as medidas tomadas de reforma laboral, criadas por François Hollande. Mas Macron pretende ir mais longe, prometendo até irritar trabalhadores e sindicatos, quer pelas medidas em si, quer pela maneira como as vai pôr em prática.
Com aplicação destas medidas, ficou desde logo prometida, por parte dos trabalhadores e dos sindicatos, bastante contestação social.
Prometeram e cumpriram. Um dia depois de se saber quem seria o próximo Presidente francês é marcada uma manifestação, com vários sindicatos na Praça da República que irá acabar na Praça da Bastilha.
Prevê-se que esta manifestação comece às 15 horas. Pedro, português e estudante de doutoramento em Paris é também membro da CGT e justifica o agendamento desta manifestação pela necessidade de alertar a população das medidas que o Presidente, eleito ontem, pretende tomar, dizendo também que se o vencedor fosse outro, neste caso Marine Le Pen, a manifestação não seria desconvocada “muito pelo contrário”.
Esta manifestação, segundo o português membro da CGT, é também contra o corte de mais de 120 mil empregos na função pública, medida também anunciada por Macron na campanha eleitoral.
A segurança em todo o redor de uma das principais praças de Paris é enorme, existe um enorme dispositivo policial controlando as pessoas que pretende entrar na praça, revistando bolsos e malas. As carrinhas que passem perto desta praça são também mandadas parar e com o recurso a cães inspecionam o interior das mesmas.
Os jornalistas são igualmente revistados, obrigados a mostrar a sua identificação, são questionados de que nacionalidade são e a razão pela qual estão cá. O material é igualmente todo revistado.