Criança do milagre da canonização está hoje em Fátima

Lucas é o nome do menino que em 2013 foi salvo pelo milagre dos pastorinhos Jacinta e Francisco

Está desvendado o mistério do milagre que levou à canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco. O milagre aprovado pelo Vaticano no dia 23 de março diz respeito a uma “cura inexplicável” que aconteceu no Brasil em 2013 e está relacionado com a queda de um menino, Lucas, enquanto brincava com a sua irmã Eduarda. O relato do incidente foi feito ontem no Santuário de Fátima pelos pais de Lucas, que vieram a Portugal para assistir às cerimónias de canonização dos pastorinhos e do centenário das aparições de Nossa Senhora.

O menino, que à data da queda tinha seis anos, ficou em coma quando caiu de uma altura de cerca de sete metros, “sofrendo um grave traumatismo crânio–encefálico, com a perda de material cerebral”, disse João Batista, pai de Lucas, que recusou a falar em público antes da sua deslocação a Fátima.

A criança em questão foi levada para o hospital, sendo operada de urgência. De acordo com os médicos, caso sobrevivesse “viveria em estado vegetativo ou, na melhor das hipóteses, com graves deficiências cognitivas”.

Passados alguns dias da queda, Lucas recebeu alta, não sendo constatado qualquer dano neurológico cognitivo. E no momento do incidente, o pai da criança invocou Nossa Senhora de Fátima e os dois pequenos beatos. Na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs em clausura rezaram com insistência, pedindo a intercessão dos pastorinhos de Fátima.

“Os médicos, incluindo alguns não crentes, disseram não ter explicação para esta recuperação”, afirma João Batista. O pai do menino – que está acompanhado pela sua mulher Lucila Yurie e pela postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, irmã Ângela Coelho – acrescenta que a inteligência e o caráter de Lucas se mantêm “iguais”. “Sabemos com toda a fé do nosso coração que foi obtido esse milagre pelos pastorinhos Francisco e Jacinta. Sentimos uma imensa alegria por ser este o milagre que levou à canonização mas, sobretudo, sentimos a bênção da amizade destas duas crianças que ajudaram o nosso menino e agora ajudam a nossa família”, defende João Batista.