Eles podem ser o seu orgulho, a razão do seu viver, as crianças mais bonitas à face da terra. Mas confesse: às vezes troca os nomes dos seus filhos. Para além das noites sem dormir, do cansaço extremos, da vida atarefada no trabalho e em casa, existe uma razão científica para este fenómeno.
Samantha Deffler, cientista da Rollins College, na Florida, realizou um estudo que envolveu 1700 homens e mulheres – metade dos participantes revelou que já foi tratado pelo nome errado e, em 95 por cento dos casos, o ‘autor’ desta ‘gafe’ era um familiar.
A investigadora refere que temos uma maior probabilidade de baralhar nomes que estejam na mesma “categoria semântica”, que funciona como uma espécie de ‘pasta de armazenamento’ no nosso cérebro. Ou seja, normalmente confundimos nomes que estejam ‘armazenados’ na categoria ‘família’ e baralhamos aqueles que se encontram no grupo ‘amigos’, sem misturar as palavras que se encontram em cada uma das ‘pastas’.
Para além disso, uma em cada 42 pessoas que participaram no estudo de Deffler, citado pelo Independent, confessou já ter acontecido tratar um familiar pelo nome do animal de estimação. O estudo revela que estes companheiro de quatro patas – principalmente os cães – são incluídos na ‘pasta’ família.
Por isso, não fique triste por tratar o seu filho por ‘Pantufa’ ou a sua filha por ‘António’. Todos ocupam o mesmo espaço no seu cérebro – o problema, por vezes, é fazer a distinção dentro da ‘pasta’ onde guardamos aqueles de quem mais gostamos.