O olfato humano é considerado muito inferior à maioria dos animais. No entanto, de acordo com o neurocientista, John McGann, isso é apenas um mito.
Num artigo publicado na revista Science, o professor da Universidade Rutgers afirma que “o sentido do olfato dos seres humanos é tão bom quanto o de outros mamíferos, como cães e roedores”.
John já estuda o sistema olfativo há 14 anos e passou 2016 a estudar as investigações feitas nessa área, concluindo que “o bolbo olfativo humano, que envia sinais para outras áreas do cérebro humano para ajudar a identificar odores, é muito grande e semelhante em número de neurónios ao de outros mamíferos”.
O neurocientista disse ainda que os humanos conseguem detetar talvez mil milhões de odores diferentes, indo contra a crença popular de que os humanos apenas conseguem identificar 10.000 odores diferentes, acabando por lembrar que “há estudos que ligam a perda do sentido do olfato ao início de problemas de memória". Isto reforça a ideia de que o olfato pode ser um bom ponto de partida para estudar doenças como o Alzheimer e Parkinson.