Uma manifestação de protesto contra o presidente turco Recep Tayyip Erdogan resultou em dois minutos de confrontos violentos em Washington, no momento em que guarda-costas na frente da Embaixada da Turquia atacaram um pequeno grupo de manifestantes. Nove pessoas ficaram feridas e duas foram detidas. Uma está em estado grave.
Os manifestantes protestavam contra a prisão de um dos líderes do partido pró-curdo no Parlamento, o HDP, e outros mostravam bandeiras do PYD, o partido curdo sírio que Erdogan acusa de ser uma fachada para os separatistas curdos no seu próprio país. No momento dos confrontos, na terça-feira, Erdogan estava no edifício da embaixada.
#Erdoğan'ın korumaları kavgaya karıştı https://t.co/gsi1iQ68Ye #amerikaninsesi pic.twitter.com/Jv3g5E7AVA
— Amerika'nın Sesi (@VOATurkish) May 17, 2017
As gravações mostram vários guarda-costas e aquilo que parecem ser agentes à paisana de proteção ao presidente turco carregando sobre os manifestantes. A polícia tenta intervir, mas, por menos de dois minutos, várias pessoas são atiradas ao chão e pontapeadas no solo. Uma pessoa foi detida por atacar um polícia americano.
“Eles pensam que podem tentar o mesmo tipo de supressão de protesto e do direito à liberdade de expressão que fazem na Turquia”, explicou à BBC Flint Arthur, um manifestante de Baltimore, que disse estar a protestar contra as políticas de “Erdogan na Turquia, Síria e Iraque”. “Pararam-nos por uns minutos, mas mantivemo-nos lá a protestar contra o regime tirânico de Erdogan.”
Erdogan e Trump encontraram-se na terça-feira em Washington e, no final do encontro, prometeram reforçar os laços bilaterais na luta contra o terrorismo. Em todo o caso, o presidente turco criticou a decisão norte-americana de armar os grupos de sírios curdos que combatem o autoproclamado Estado Islâmico.