O Semanário SOL teve acesso ao grupo #IMASOLDIER e falou com um dos seus administradores. O grupo, que continha mais de 45 mil membros, desapareceu da rede social.
Os seus administradores frisam que não têm qualquer responsabilidade sobre as ações dos membros do grupo, dando o seu melhor na gestão de conteúdo que por vezes se torna complicada, já que há tantos membros a fazerem publicações a toda hora. Terá sido o caso caso do vídeo do incidente no autocarro da Queima das Fitas do Porto, que antes de ser partilhado no grupo em questão, já havia sido partilhado em grupos do WhatsApp “ninguém daquele vídeo fazia parte do nosso grupo”.
O administrador que falou com o Sol afirma que não tiveram acesso ao vídeo por estarem a usar a plataforma no telemóvel aquando das aprovações das publicações “O Facebook no telemóvel não permite ver o vídeo antes de este ser aprovado, quando o vi achei repugnante e foi imediatamente apagado” afirma.
O administrador garante que os moderadores e restantes administradores não compactuam com qualquer tipo de partilha que se assemelhe “àquilo”. O representante que falou ao Sol informa não saber o que se terá passado, mas entretanto o grupo terá sido bloqueado pela rede social: “quero deixar bem claro que nós temos família, não estamos aqui para difamar ninguém, o grupo era apenas de sátira e partilhas de conteúdo com piada”.
Ainda assim, o controle não seria suficiente, já que, enquanto o SOL esteve dentro do grupo #IMASOLDIER teve acesso a vários conteúdos sexuais, partilhados na plataforma que várias mulheres e antigos membros do grupo consideravam "deploráveis" : "estes conteúdos são uma humilhação para todas as mulheres, começamos a ficar paranóicas com medo que nos fotografem na rua" disse ao SOL, Cristiana de 37 anos.
No grupo partilhavam-se fotos de anónimas na rua, que eram consideradas "inimigas" e "alvos a abater".
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