A energia solar fotovoltaica está em expansão e no “futuro próximo será a forma de produção de energia eléctrica mais eficiente e barata de todas”. A previsão é de Duarte Caro de Sousa, para quem os 450 megawatts (MW) instalados em Portugal, que correspondem nem a 3% das capacidade instaladas de energias renováveis no país, “ficam aquém do potencial”, em especial se tivermos em atenção o número de horas de sol por ano.
No entanto, há diversos projetos na calha deste setor que poderão levar a capacidade instalada a duplicar no país (ver números ao lado).
O diretor-geral da da Ikaros-Hemera, lembra que o” solar fotovoltaico, tal como qualquer tecnologia nesta área de energia teve uma primeira fase de subsidiação” mas que a “evolução tecnológica permitiu que a subsidiação fosse posta de parte e se tivesse evoluído para o autoconsumo”.
O autoconsumo “permite qualquer consumidor de energia possa instalar sistemas solares fotovoltaicos sem qualquer tipo de limite de potência e que possa produzir a sua própria energia”, explica o responsável da empresa que desenvolvemos a melhor solução técnica para determinado investimento de instalação de energia solar fotovoltaica.
“De acordo com essa solução vamos procurar o equipamento ao mercado e a seguir construímos e depois também a operação e manutenção” de um serviço, que tem uma vida expectável de 25 anos e assenta muito flexibilidade.
“O fotovoltaico, ao contrário da hídrica ou da eólica é muito mais flexível. É possível instalar dois painéis numa residência ou numa bomba hídrica de uma exploração agrícola ou fazer centrais de larga escala de produção centralizada de energia”, refere o especialista no setor soltar fotovoltaico.
Segundo o responsável, esta “elasticidade que o solar fotovoltaico permite” tem levado a que muitas empresas, tal como o setor residencial, promovam “o solar fotovoltaico nas suas instalações”.
Autoconsumo
As vantagens do autoconsumo vão desde a menor exposição à variação nos preços e à redução custos e aumento da eficiência energética. As empresas, ou casas, podem usar as coberturas nos seus edifícios ou parcelas de terreno sem utilização para produzir energia que é 100% limpa.
Duarte Caro de Sousa lembra que estas opções são viáveis “devido à evolução tecnologia e sobretudo à redução dos custos deste tecnologia que têm vindo a descer e sobretudo a ganhar maturidade”.
O diretor-geral da Ikaros-Hemera aponta que ao custo desta energia – 25% do que era a cinco ou oito anos – “foi uma evolução muito rápida e que tem vindo a ajustar em toda a cadeia de valor, com maior relevância na produção do próprio módulo fotovoltaico. Esta é a “componente com mais peso nos custos de um sistema solar e aí teve muita influência a evolução do mercado solar fotovoltaico que nos últimos dez anos tem crescido de uma maneira muito significativa”.
Duarte Caro de Sousa considera que está a falar de um mercado global” e que “ainda há muita margem de progressão tecnológica”. Há dez anos o mercado fotovoltaico mundial deveria rondar os cinco gigawatts (GW) e em 2016 foi perto de 50 GW. “Perspetiva-se que continue a crescer e chegue aos 60, 70 GW por ano”, diz o especialista.