O antigo armazém de alimentos da avenida da Índia, conhecido como Pavilhão Azul, vai ser recuperado pela Câmara Municipal de Lisboa e transformado num novo centro de arte contemporânea que ficará sob a tutela do município.
“Se tudo correr bem, o espaço abre no primeiro trimestre de 2019”, avançou ao Observador Sérgio Mah, professor de artes visuais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e futuro diretor do espaço.
O novo centro irá receber a coleção pessoal de Julião Sarmento. A coleção, constituída por mais de 1200 peças, foi reunida pelo artista desde finais da década de 60. As peças de Sarmento – que o artista cedeu à CML por um período de cinco anos – serão o centro nevrálgico do futuro Pavilhão Azul.
Segundo a autarquia, este novo centro de arte contemporânea irá reforçar o eixo da arte em Belém. Note-se que, como vizinhos, o Pavilhão Azul tem o CCB, o Museu dos Coches, o MAAT, o Planetário e o Museu da Marinha e ainda monumentos icónicos como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém. Ao leque, junta-se o futuro Museu Berardo de Art Nouveau e Art Déco, que abrirá depois de setembro.
“Será importante perceber o Pavilhão Azul e a sua atividade no contexto de Belém e em contraponto ao trabalho que já aí se desenvolve no âmbito das artes plásticas”, sintetizou fonte do gabinete da vereadora da Cultura de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, citado pelo jornal digital Observador.
A obra de requalificação do espaço vai ficar a cargo do arquiteto João Carrilho da Graça, que assinou os projetos do Museu do Oriente, da musealização arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge e da Escola de Música da Escola Politécnica, entre outros.