O ABC/UMinho conquistou, este domingo, a 12ª Taça de Portugal, troféu que venceu, pela última vez, em 2014/15.
Foi com casa cheia e em ambiente de grande festa, perante cerca de 2000 espectadores que encheram o Multiusos de Fafe, que Sporting CP e ABC/UMinho entraram em campo, para disputar o último troféu da época.
Hugo Canela pôs Nikcevic, Frankis Carol, Bosko Bjelanovic, Michal Kopco, Cláudio Pedroso, Pedro Portela e Asanin, no sete inicial; do lado do ABC/UMinho, alinharam Carlos Martins, Pedro Spínola, Pedro Seabra, André Gomes, Diogo Branquinho, Ricardo Pesqueira e Humberto Gomes, na baliza.
Pedro Portela inaugurou o marcador na final da Taça de Portugal partida dirigida pela dupla de Leiria Daniel Martins / Roberto Martins. Diogo Branquinho fez o primeiro para o ABC/UMinho; aos quatro minutos de jogo, o Sporting ficou, pela primeira vez, em inferioridade numérica, com a exclusão de Kopco e Hugo Rocha desperdiçou um livre de sete metros; os minutos seguintes foram marcados por vários remates falhados e falhas técnicas de ambos os lados. Com dez minutos decorridos, o ABC/UMinho conseguiu, pela primeira vez, dois golos de vantagem (3-5), numa liderança do marcador que iria durar até aos 57 minutos de jogo. Aos 16 minutos, a equipa de Carlos Resende conseguiu, pela primeira vez, quatro golos de vantagem (6-10) e Hugo Canela pediu um “time-out", mas que não surtiu o efeito desejado. Carlos Carneiro viu o cartão vermelho direto, aos 25 minutos e, ao intervalo, a formação bracarense vencia por 14-19, depois de uma primeira parte em que Pedro Spínola se revelou um "problema" para o Sporting.
Entrou melhor a formação sportinguista, no segundo tempo, mas o ABC/UMinho manteve-se seguro no comando do jogo durante os dez primeiros minutos da segunda parte, altura em que o Sporting CP começou a recuperar; a meio do segundo tempo, a equipa verde e branca marcou três golos sem resposta (25-27). Com nove minutos para jogar, a equipa de Braga ainda dilatou a vantagem, novamente (25-29), mas, depois de um parcial de 4-0, Pedro Portela chegou ao tão procurado empate (29-29), a três minutos do apito final, deixando ao rubro as bancadas e deixando em aberto o desfecho da partida. Já no último minuto do tempo regulamentar, Pedro Seabra marcou para o ABC/UMinho e Bozovic não desperdiçou o livre de sete metros que levou o jogo para prolongamento.
A primeira parte do tempo extra terminou com a equipa de Carlos Resende na frente (31-32). A segunda parte do prolongamento começou com Ricardo Pesqueira a sofrer a terceira exclusão e consequente cartão vermelho e Emanuel Ribeiro a defender o livre de sete metros que dava o empate ao Sporting. Miguel Sarmento marcou e deixou o ABC/UMinho a ganhar por 31-33, vantagem que a formação bracarense conseguiu segurar até ao apito final da partida, que ganhou por 33-35.
"Acho que isto foi um jogo mais de coração do que de cabeça", começou por dizer Hugo Canela, na conferência de imprensa. "Os meus atletas queriam muito, mas nem sempre respondemos de forma competente àquilo que nós queríamos. Acho que tivemos discernimento para conseguir criar as situações, mas depois faltou-nos o discernimento na finalização. O ABC quanto teve de matar o jogo, matou", disse o treinador do Sporting.
Carlos Resende disse que "sair daqui vencedor, perante uma equipa como o Sporting e perante uma equipa como o Porto, apesar de reconhecer que não foi uma época brilhante, não deixa de ter sido uma época muito simpática. Eles estão de parabéns porque não perderam o foco, depois de uma fase final não muito conseguida, chegar aqui e ter dois adversários como estes e acabar em prolongamento e a ganhar, foi bom. Foi uma primeira parte brilhante", constatou Carlos Resende.
Dario Andrade, que hoje fez o último jogo da carreira, disse sentir "uma alegria e uma gratidão muito grande por esta modalidade. Qualquer atleta gostava de terminar a carreira com um troféu na mão".