Parece que as eleições parlamentares no Reino Unido foram mais um passo atrás que um para a frente, no que diz respeito a Theresa May e ao Partido Conservador.
Herdeira de uma liderança moderada nos costumes – David Cameron ficou conhecido por ser o primeiro líder conservador a defender o casamento gay num congresso do partido – Theresa May optou por um rumo diferente.
Depois de perder ontem à noite a sua maioria absoluta no parlamento britânico, May viu-se obrigada a fazer um acordo com o Partido Unionista da Irlanda do Norte, cuja política se aproxima de um tradicionalismo menos moderno que aquele a que o eleitorado britânico estará habituado.
Para os Unionistas, a igualdade de género não é uma causa aceite, assim como o casamento homossexual e a interrupção voluntária da gravidez (mesmo em caso de violação) são negadas pela sua doutrina.
No entanto, os novos aliados parlamentares de Theresa May recomendam às mulheres que cubram a cabeça com um véu, que tenham horas obrigatórias para rezar e que o acesso ao alcóol seja altamente reestrito à população.