Luís Montez: ‘SBSR é uma mistura de novas tendências e consagrados’

O Super Bock Super Rock já conheceu diferentes formatos e geografias mas é, desde 1994, o mais estável dos festivais portugueses modernos. E o SOL foi saber das novidades para este ano.

Quais são as novidades para esta edição?

Reforçámos a componente urbana dos transportes. Melhorámos as parcerias com a Carris e a CP e este ano temos um acordo com a Uber, além da estação de táxis em frente ao Casino Lisboa. Aproximámos a restauração do rio para toda a gente poder desfrutar. Por outro lado, temos arte urbana. Convidámos o Bordallo II e a [galeria] Underdogs para fazer instalações de arte. O público aprecia e a [cultura] do hip-hop está a crescer muito. No ano passado, o Kendrick Lamar deu o concerto, para muitos, do ano, e este ano temos o Future, que é gigante nos EUA.

Os Red Hot Chili Peppers são a banda central no cartaz?

É um nome gigante, mas para uma geração mais adulta. Aos mais novos, talvez digam mais os London Grammar ou o Future. Temos que assegurar o futuro. Não podemos trabalhar sempre para os mesmos, porque um dia esses já não querem sair de casa (sorri), mas também temos clássicos. Os Deftones, dos anos 90 e a New Power Generation, que foi banda do Prince. E apostamos muito na música portuguesa. A Língua Franca [Valete, Capicua, Emicida e Rael] vai bater forte e feio! O Slow J, ver os Capitão Fausto a tocar no MEO Arena com a sala esgotada… esses momentos dão-nos muito gozo. O Seu Jorge a cantar David Bowie também vai ser fabuloso. Terminamos no sábado com o Fatboy Slim a transformar o MEO Arena numa mega-discoteca.

Como é que está a venda de bilhetes?

Os bilhetes diários para a noite dos Red Hot Chili Peppers [13 de Julho] esgotaram. Faltam menos de mil passes para vendermos todo – no fim do mês já não deve haver. E a seguir vão os bilhetes para os outros dias. As pessoas já sabem que o espaço é limitado e consegues ver os artistas nos olhos. Não estão a 50 quilómetros.

Qual é o balanço de três anos no Parque das Nações?

É positivo. Por um lado, pelas condições. O público é cada vez mais exigente, ter boas condições, acessos, casas-de-banho, sítios ao ar livre e um bom cartaz. O nosso público é urbano, tem outro nível de exigência. Não gosta de acampar. Aqui não é necessário ter os Rolling Stones para encher. O cartaz vale pelo todo. É uma mistura de novas tendências e consagrados. É um festival para melómanos.