Luciano Spalletti foi apresentado nesta quarta-feira como treinador do Inter de Milão e não hesitou em falar sobre João Mário, que nos últimos meses da passada temporada protagonizou alguns episódios polémicos pelos nerazzurri, numa fase em que deixou de ser opção.
Primeiro, o novo técnico elogiou o médio português. "É um jogador ofensivo, que tem a vocação de atacar a linha defensiva contrária. Tem uma qualidade que pode ser usada para comandar o jogo, e quem comanda o jogo está mais perto de vencer", realçou Spalletti. Depois, sim, falou de "compromisso". "Dentro da cabeça dos jogadores deve existir disponibilidade. Para jogar algumas vezes e outras não. Quando jogam dez minutos devem completar o trabalho da equipa ao longo de 90 minutos. Se lhe dou a titularidade sou amigo, se não der já não somos? Então não sou amigo", atirou o ex-treinador da Roma, salientando ainda não ter por hábito cumprimentar os jogadores quando os tira de campo: "Não quero cumprimentos quando substituo alguém. Podem ir diretamente para o banco. Assim fica tudo claro. Se não mudarmos, não crescemos. Se não crescemos, não vivemos bem a vida. Alguma coisa é preciso mudar, tendo em conta aqueles que têm sido os resultados. Não sou melhor do que os outros que estiveram aqui antes, sou diferente."
João Mário, recorde-se, foi castigado pelo Inter por ter abandonado o banco de suplentes antes do apito final do jogo com a Lázio, tal como o brasileiro Gabriel Barbosa.